Com a pandemia da Covid-19 vários setores da sociedade precisaram se organizar e se adaptar a um novo estilo de vida, no qual o contato presencial precisou ser limitado. As aulas, tanto do Ensino Básico, como do Ensino Superior, foram suspensas na maior parte do mundo e seu funcionamento precisou ser repensado. No Brasil não foi diferente: as medidas de restrição se iniciaram em março e muitas permanecem sem previsão de término.
A Universidade Federal de Santa Catarina, assim como o Estado, foi uma das primeiras instituições a anunciar medidas restritivas com a suspensão de todas as atividades de ensino presencial (aulas) em todos os campi desde o dia 16 de março. Posteriormente essas medidas foram estendidas também para o atendimento de servidores na Universidade.
Com esse novo cenário, os setores e departamentos começaram a se organizar para assistir os estudantes e a sociedade da melhor forma possível, diante das limitações impostas pela atual crise sanitária. Pensando em um eventual retorno das atividades de ensino da Universidade de forma não presencial – do Ensino Superior e no retorno em caráter experimental das atividades pedagógicas não presenciais a partir de julho do Colégio de Aplicação da UFSC, além das atividades não obrigatórias disponibilizadas pela escola no período de abril a junho, profissionais da Fonoaudiologia Educacional da Instituição elaboraram propostas de atuação para a prática fonoaudiológica. Essas sugestões também já foram enviadas para a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, a seu pedido.
Seguem propostas para a prática fonoaudiológica no contexto educacional, diante da pandemia da Covid-19 e medidas de distanciamento social:
1) Formação de Professores dos diferentes níveis de ensino através de Encontros Virtuais que envolvam temáticas variadas: Comunicação e Ensino Remoto numa perspectiva acessível, Letramento Digital, saúde e tecnologia nas plataformas digitais, saúde auditiva, dispositivos auditivos eletrônicos e uso das mídias digitais, desenvolvimento da linguagem e aprendizagem e demais aspectos fonoaudiológicos.
2) Assessoria aos professores e participação de teleatividades que envolvam promoção de saúde e aprendizagem, promoção de linguagem e letramento (via plataformas digitais);
3) Apoio aos familiares de alunos com diagnósticos de transtorno funcionais e público-alvo da educação especial via encontros virtuais, visando um suporte para questões relacionadas à mediação familiar para a aprendizagem, recursos de acessibilidade e comunicacionais durante as aulas não presenciais;
4) Grupo de orientação aos pais na Educação Básica (via plataforma digital);
5) Assessoria nas reuniões pedagógicas do ensino regular e da educação especial;
6) Participação no planejamento e nas aulas não presenciais do Atendimento Educacional Especializado (AEE) juntamente com o professor de educação especial;
7) Formação de Servidores do Setor de Acessibilidade da Biblioteca, Coordenadoria de Acessibilidade Educacional da Universidade e Apoio Pedagógico da Universidade;
8) Teleatendimentos para grupos de alunos universitários com relação à promoção e dificuldades de linguagem escrita (Oficinas de Letramento Digital).
9) Supervisão de estagiários que realizam mediações voltadas à linguagem escrita, aprendizagem e acessibilidade educacional.
Novas medidas estão em acordo com as novas formas de pensar as ações fonoaudiológicas na pandemia. Juntos conseguiremos ultrapassar pmomentos difíceis sem perder nossa especialidade e nossa assessoria aos alunos e professores.
Profa. Dra. Ana Paula Santana CRFa-3 4560 (Departamento de Fonoaudiologia/UFSC)
Dra. Vivian Ferreira Dias CRFa-3 12115 (Fonoaudióloga /Coordenadoria de Acessibilidade da UFSC)
Fga. Sofia Hardman Côrtes Quintela Crfa-4 11836 (Fonoaudióloga/ Colégio de Aplicação da UFSC)